sábado, 24 de março de 2012

DR.EDWARD BACH

Os Doze Curadores – Dr Bach


Florais e a Terapia Floral: Saiba como tudo começou.

Leia as Palestras que fazem parte desta Mostra Histórica. Leia a biografia do Dr Bach, com relato extenso sobre sua vida e contribuição, base de tudo o que veio depois; conheça a sua jornada.



Florais de Bach – Os Doze Curadores + Gorse

Estes foram os primeiros florais pesquisados por Dr Bach

Impatiens: Paciência.

Para pessoas que em geral são dotadas de muita capacidade, grande agilidade mental e consciência de seus objetivos, mas também com muita tensão e ansiedade. Com facilidade “incendeiam” em irritação, falta de paciência, intolerância e raiva. Impatiens ensina a aquietar a atenção, desacelerar o ritmo interior, e a pessoa pode se tornar mais receptiva ao momento que se desenrola. Traz aceitação do outro e do tempo.







Mimulus - foto Ruth Altschuler

Mimulus: Segurança para viver os desafios da vida

A falta de segurança para enfrentar o dia-a-dia com todas as suas múltiplas questões, tem como base, na verdade, uma certa hesitação em estar encarnado. Esse medo ou insegurança vai lesando as forças de plexo solar, minando a expressão plena da alma, tornando a pessoa tímida e insegura de si mesma. Mimulus traz a força e o propósito do Eu Superior, devolvendo a luz da coragem e a confiança para a vida.



Clematis: Presença desperta e concretização.

Aqueles que vivem no mundo da lua e nunca aterram completamente. Deixam seus afazeres sempre para depois. Preferem os estados de sonhar acordado e os ideais inatingíveis. Os verdadeiros talentos dessas pessoas ficam bloqueados. Eles têm incrível capacidade de imaginar, mas oferecem tanto de sua energia e tempo para essa atividade mental dispersiva que não vivenciam as emoções e a alegria da vida física. Clematis ajuda a trazer construtivamente para o mundo físico os dons da alma.



Agrimony: Honestidade emocional.

A repressão e negação da dor, do sofrimento ou da perturbação emocional podem ser causa da pior das torturas mentais. Aqueles que precisam da Agrimony muitas vezes nos parecem felizes, podem ser até mesmo muito populares por estarem sempre em “alto astral”. Dão mais importância aos estados superficiais de comportamento que são valorizados pela sociedade. Agrimony ajuda a parar de esconder até de si mesmo aquilo que o aflige em seu âmago. Só se pode transformar a dor que admitimos honestamente.







Chicory - um dos Doze Curadores - Florais de Bach - foto Ruth Toledo Altschuler

Chicory: Liberdade emocional.

Para pessoas que tendem a manipular as emoções alheias em favor de suas próprias necessidades e desejos. Em geral elas expressam o seu amor de maneira possessiva, exigente, e muito carente. Quando estão ajudando alguém, sempre esperam algo em troca que não é dito realmente. São imaturos emocionalmente, e egoístas. A Chicory abre os canais de nutrição interior e ajuda a pessoa a expressar amor verdadeiramente altruísta, podendo respeitar a liberdade dos outros. Vamos todos aproveitar a imagem dessa flor e pedir a ela que cure nossas crianças interiores. Vamos nos abrir por um instante pra receber a cura da Chicory.



Vervain: Idealismo e carisma bem ancorados.

Às vezes o idealismo e as forças carismáticas naturais de uma pessoa se degeneram por causa do seu fanatismo. Essa necessidade de convencer os outros de suas idéias e ideais, da sua forma particular de ver as coisas, pode gerar graves problemas físicos de ordem nervosa ou digestiva. A Vervain traz moderação e a possibilidade desse fervor da alma ser expresso através do veículo físico de forma a inspirar ao invés de tentar convencer.







Cerato - foto Ruth Toledo Altschuler

Cerato: Confiança no próprio saber e orientação interior.

Para aqueles que não confiam em si mesmos, ou de que vão tomar as decisões mais acertadas. Vivem esperando que os outros lhe digam o que devem fazer ou que caminho seguir. A pessoa que precisa do Cerato pode sentir que aquilo que ela acredita que sabe não serve ou não se encaixa nas necessidades do momento. Parece que os outros sempre têm idéias mais certas a apropriadas. Cerato ensina a reconhecer e a valorizar a sua sabedoria inata, Traz auto confiança e ajuda a restabelecer a auto estima.



Scleranthus: Decidir a partir do coração.

Flores verdes sempre trabalham algum aspecto do coração. Quando hesitamos em fazer nossa escolha e ficamos oscilando entre duas opções ou duas polaridades é porque estamos tentando usar apenas as habilidades mentais para decidir. A mente é um importante instrumento na vida, mas se estivermos presentes em nossos corações, o verdadeiro discernimento e a escolha das prioridades torna-se muito mais simples.



Water Violet: Alegria por compartilhar os seus dons.

Pessoas que tendem a ser mais retraídas não por timidez, mas por um certo tipo de desdém. Quem sente que não precisa dos outros e também não se sente impelido a compartilhar de seus dons e talentos. Talvez se sinta melhor, mais nobre, superior aos outros. A Water Violet traz a consciência do quanto essa atitude de separação está atrasando a sua evolução e ajuda a pessoa a vivenciar uma conexão inclusiva e compassiva com a família humana.



Gentian: Perspectiva e perseverança.

Obstáculos e reveses da vida podem gerar falta de confiança e desencorajar alguns de nós. Aquele que necessita de Gentian facilmente desanima frente a problemas, e tende a ver os obstáculos como bloqueios insuperáveis. Gentian eleva e amplia a perspectiva ajudando a aprender com essas situações, aproveitando a oportunidade de crescer e de se fortalecer. A dúvida e o ceticismo são gradualmente transformados em fé inabalável.



Rock Rose: Coragem e tranqüilidade para enfrentar grandes desafios.

Uma essência floral indicada para situações extremas, em que a pessoa está sendo desafiada a se auto transcender a si própria com relação à coragem. Rock Rose restaura a força solar da coragem para aqueles que estão vivenciando pânico, terror e até o medo da morte. Nos enche das forças da coragem e ao mesmo tempo da paz interior.



Centaury: Consciência e respeito de suas próprias necessidades, mesmo quando estiver a serviço.

A habilidade de se doar e de servir necessita primeiro de um forte e radiante senso de Eu. Pessoas que têm uma certa compulsão em servir, ao mesmo tempo negligenciando suas necessidades, também não são, na verdade, capazes de perceber as reais necessidades dos outros. A Centaury nos ensina a agir impulsionados por um forte propósito interior, dizendo não e colocando limites quando for necessário.



Gorse: Fé e esperança.

Quando nos sentimos desencorajados e pessimistas, achando não há mais jeito ou não existe uma saída. Tendemos nesses casos a um tipo de resignação que não é saudável e nem fruto de uma verdadeira aceitação, mas sim um tipo de depressão que corroi a exuberância natural. Com a Gorse aprendemos a acessar a luz e a usá-la como um raio poderoso que ilumina e transforma a escuridão dentro de nós. Traz fé, devolve a esperança e o otimismo vibrante.

A Vida de Dr Bach


(Texto preparado para a Mostra Histórica das Essências Florais, apresentada em todo o Brasil em 2006)



Ao olharmos para a obra de Edward Bach, médico inglês, nascido em Moseley, na Inglaterra, em 24 de setembro de 1886, portanto há 120 anos atrás, se focalizarmos nos conceitos e na filosofia que estão por detrás de suas descobertas, concluímos que ele foi uma pessoa muito à frente de seu tempo.

Analisando sua biografia, aprendemos que além de extremamente intuitivo Bach era estudioso, dedicado ao trabalho e à cura, fosse como médico alopata, sanitarista, homeopata ou simplesmente “herbalista”, como gostava de ser chamado depois da descoberta das essências florais.





Dr Edward Bach - como o vemos através da imagem mais conhecida de todos

Nascimento e ligação com a natureza

Nasceu numa das regiões da Grã Bretanha que abrigou, em passado longínquo, a antiga cultura celta, guardiã de tradições religiosas ligadas à natureza.

Os celtas se relacionavam com as forças sutis ou espirituais dos fenômenos da natureza e com os seres elementais em seu cotidiano.

A Dra Carmen Monari, médica, terapeuta e educadora especializada nos Florais de Bach, incluiu em um de seus livros o significado do nome Edward Bach: Edward de origem teutônica significa “aquele que precisa ser o guardião, alerta de seus sentidos”

Bach em sua origem alemã significa “fonte de água” e em sua origem persa significa “jardim”.



Desde pequeno se sobressaia pela sua determinação

Desde pequeno se sobressaia por sua capacidade de concentração e por sua grande determinação. Era independente e tinha imenso desejo de saber. Bem humorado e alegre, desde menino tinha o hábito de sair sozinho pelos campos e sentar para observar detalhes da natureza.

Desde criança tinha o ímpeto de ajudar a qualquer ser que estivesse passando por uma aflição, fosse um animalzinho ou uma pessoa.



A época em que viveu e quem foram os seus contemporâneos

Teve como contemporâneos outras almas que deixaram marcas importantes no mundo como Gandhi, Rudolf Steiner, Albert Einstein, Sigmund Freud, Tolstoi, Pessoa, Chaplin, Monteiro Lobato, Villa Lobos, Hitler…

Filho primogênito de família descendente do País de Gales, Edward foi um bebê de saúde delicada, mas passados os primeiros meses de vida tornou-se uma criança cheia de vitalidade.





Ainda menino já falava em ser médico!

Aos 16 anos concluiu os estudos e foi trabalhar na empresa de seu pai – uma usina de fundição de cobre, porque sabia que cursar a escola de medicina seria muito caro.

Ainda nessa época, trabalhando nas Usinas Bach, Edward observava os problemas de saúde dos operários de seu pai e a pobreza de recursos e de tratamentos, levando ao uso, quase sempre, apenas de paliativos para atender as queixas.

O jovem Edward, tocado por essas questões dos operários tomou então, nesse período, a decisão de que como médico encontraria um método simples de cura verdadeira que tranquilizaria as mentes e os corpos. Esse episódio certamente o ajudou a fazer sua escolha final, pondo fim a um questionamento interior a respeito de se deveria vir a ser médico ou teólogo.

Não aguentando mais o confinamento imposto pelo trabalho na usina, Edward alistou-se no Corpo de Cavalaria e nesse período pôde voltar a se deleitar por estar novamente em contato com a natureza.

Até que finalmente teve uma conversa decisiva com seu pai que se ofereceu para pagar sua Universidade para que ele pudesse cursar medicina.







Dr Edward Bach e sua filha



Cursou Medicina e iniciou sua prática de consultório

Durante o período em que cursou medicina e por vários anos depois, evitava ir aos parques de Londres ou estar em meio à natureza, porque sabia que a força do chamado da mãe natureza para ele seria forte demais para suportar.

No mesmo ano em que formou-se médico, Edward, agora sim o Dr Bach, casou-se com sua primeira mulher. Começou sua carreira médica como alopata, num Pronto Socorro de Londres (Casualty House Surgeon).



Trabalhou como pesquisador, Bacteriologista e Imunologista

Logo, passou a trabalhar como bacteriologista, numa época em que a medicina avançava em grandes estudos sobre imunologia.

Pasteur e outros grandes cientistas já haviam aberto as portas para esta nova área de cura e acreditava-se que bacteriologia e imunologia eram as chaves para a saúde mundial e o futuro da medicina.

O cientista Edward Bach descobre vacinas que eram preparadas utilizando diversos tipos de bactérias. Os resultados obtidos foram muito além de sua expectativa. Mais tarde, Bach usou dessas vacinas durante a grave epidemia de gripe espanhola, salvando milhares de vidas dentre as tropas militares.





Dr Edward Bach em sua juventude

Primeiras reflexões sobre a complexa relação entre o indivíduo e a doença

Durante a epidemia ele se questionava: porque em meio a uma infecção tão poderosa, uma parte da população sucumbe, enquanto a outra parte continua saudável? Com tantos infectados, por que alguns continuavam intactos?

Sua experiência clínica já havia demonstrado a diferença de atitude emocional que seus pacientes demonstravam diante da doença. E esta atitude influenciava o prognóstico.

Durante a 1ª. Guerra Mundial tentou em vão se alistar, mas como sua própria saúde nessa época já era frágil ele nunca foi aceito.

Acabou ficando em Londres, onde foi responsável por 400 leitos de feridos de guerra, no Hospital Universitário.

Nessa época nasce sua filhinha; falece sua primeira esposa e ele se casa novamente.



Adoece seriamente e é desenganado

Logo depois Edward adoece seriamente sofrendo uma cirurgia da qual nem seus amigos médicos acreditavam que ele poderia se recuperar. Mas, assim que pôde, voltou ao trabalho de maneira ainda mais intensa do que antes.

Trabalhou dia e noite, sem perceber o tempo que passava, até que se viu mais forte e saudável do que jamais fora. E este foi mais um elemento em sua vida que lhe mostrou o caminho que deveria percorrer: o envolvimento apaixonado por um propósito nos faz fortes e livres de doenças.

Deixa, então de atender no Hospital Universitário por não concordar com as regras impostas e abre um novo consultório onde atende os pobres sem cobrar.



Iniciado na Maçonaria; a seguir, ingressa no Hospital Homeopático

Nessa mesma época é iniciado na Maçonaria.

Em 1919, Dr. Bach ingressou no Hospital Homeopático de Londres, trabalhando ainda como patologista e não como homeopata. Até então, suas vacinas eram administradas através de injeções subcutâneas. Ao tomar contato com a obra de Hahnemann, muda o modo de preparo de sua vacina, para que elas pudessem ser administradas oralmente. E segue trilhando seu caminho em direção ao sutil.

Nesta época, entusiasmado com as idéias de Hahnemann, acreditava que a alopatia e a homeopatia tomariam rumos convergentes, ou seja, seguiriam o caminho que ele próprio estava seguindo.

Sabemos que a homeopatia oferece um retrato mais fiel da saúde e da doença no ser humano porque considera também os estados mentais. Isso levou Bach a abraçar esta modalidade da medicina.



Cresce em sua prática como homeopata e deixa de trabalhar dentro do hospital

Na década de 20, Dr. Bach era um médico homeopata reconhecido, trabalhando com uma equipe de assistentes. Desenvolveu os 7 Nosódios de Bach, usados para tratar diferentes doenças.

Já havia sido indicada por Hahnemann a idéia de que existia uma associação entre personalidade e fatores físicos. Dr. Bach queria entender o Ser como um todo e escreveu que o objetivo do médico deveria ser, mais do que a cura, a prevenção das doenças. Para ele era claro que o corpo humano não deveria ser visto pela medicina como um campo de batalha.

Em um discurso feito à Sociedade Homeopática em 1920, Dr. Bach já demonstra certa crítica à maneira como suas vacinas estavam sendo usadas: o médico queria um remédio fácil de ser prescrito, enquanto os laboratórios queriam fabricar remédios em grande escala e vendê-los.

Pouco tempo depois, Dr Bach separa-se de sua segunda esposa e deixa seu cargo no Hospital Homeopático.



Suas observações sobre o comportamento humano e o preparo dos primeiros florais

Consta que por volta de seus 42 anos, Edward Bach entediado em um jantar da sociedade, passou a atentar para as atitudes dos convidados e teve os primeiros insights sobre os temperamentos, que mais tarde descreveria como os 12 estados mentais.

Pouco tempo depois, atendendo a um chamado interior, fez uma viagem até o País de Gales e encontrou Impatiens e Mimulus, mas preparou essas duas flores como os remédios ou vacinas que ele utilizava na época.





Mimulus - foto Ruth Altschuler

Ainda não satisfeito, Edward decidiu deixar completamente sua vida e prestígio em Londres e, sob protesto de seus colegas médicos que o tinham como um líder e um gênio da pesquisa, foi viver no campo para poder se dedicar àquilo que sentia ser sua missão do momento: descobrir os tipos ou estados mentais e os novos remédios que pudessem curar aquelas pessoas.

Vale lembrar que, ao deixar Londres, por engano trocou a mala onde levava seus instrumentos de pesquisa pela mala de sapatos. Como nada é por acaso, descobriu que estes seriam os instrumentos necessários nesta sua nova fase de pesquisas: sapatos para percorrer incessantemente os campos ingleses em busca de plantas que curassem as dores da alma humana.

Nora Weeks juntou-se ao Dr Bach nessa empreitada, e veio a ser sua devotada e incansável assistente. São dela os desenhos que mostram os locais onde o Dr Bach encontrava as flores e preparava as essências florais.



Completa o preparo dos Primeiros Doze Florais de Bach

Entre 1930 e 1932 Bach encontrou e preparou as essências florais daqueles que ele mesmo chamou de Os Doze Curadores: Impatiens, Mimulus, Clematis, Agrimony, Chicory, Vervain, Centaury, Cerato, Scleranthus, Water Violet, Gentian e Rock Rose, e escreveu o tratado Cura-te a ti mesmo.

Nessa época, ele já cuidava de seus pacientes com muito sucesso usando seus novos elixires.





Chicory - um dos Doze Curadores - Florais de Bach - foto Ruth Toledo Altschuler

Escreveu vários artigos publicados em periódicos ligados à medicina homeopática e ao final de 1932 escreveu Liberte-se, obra muito importante, em que fala com simplicidade a respeito de como o homem pode aprender a usar sua intuição e a confiar em si mesmo e em sua orientação interior, tornando-se assim saudável, útil e feliz. A este texto ele acrescenta a descrição das suas essências florais.



Indícios de sua visão filosófica

Não há registros sobre a religião ou a filosofia que Edward Bach seguia. Mas, em seus escritos, podemos destacar referências a Buda, Cristo, Grandes Mestres da Fraternidade Branca. Ainda em seus escritos, lemos expressões como Eu Superior, Guia Divino, Imortalidade da Alma, Vidas Sucessivas… Alguns relatos falam sobre uma estreita relação com a Maçonaria. É difícil afirmar em que escola ou tradições espirituais ele se inspirou, mas através de seu legado, temos a certeza de que o foco de seus estudos era o contexto espiritual dos seres humanos.

Dr. Bach nos deixou um caminho para a cura. Ele dizia:

“A prevenção e cura acontecem quando localizamos o erro dentro de nós mesmos e suprimimos este defeito por meio do cuidadoso aprimoramento da virtude que o destruirá; não combatendo diretamente o erro, mas desenvolvendo tanto estas virtudes que ele chegue a ser varrido de nossas naturezas”.



Observações decorrentes de sua prática com as essências florais

Durante esses primeiros anos de pesquisa e preparo das essências florais, Edward Bach viveu em Cromer, à beira mar, e viajava para encontrar as flores que precisava para ir completando sua obra.

Trabalhando com os Doze Curadores, percebeu que alguns pacientes não mostravam muito progresso, mesmo sabendo que havia identificado corretamente seu tipo de floral. Percebeu que algumas pessoas tinham estados crônicos: haviam sofrido doenças ou desequilíbrios em suas vidas por tanto tempo, que estes estados tornaram-se profundamente enraizados ou cristalizados.





Red Chestnut - foto de Ruth Altschuler

Identifica mais 4 florais, os Quatro Auxiliares

Em 1933 Dr. Bach identificou mais quatro novos florais, aos quais chamou de Quatro Auxiliares. Ele dizia que essas novas essências eram, em sua palavras para: “…pessoas que se acostumaram à doença num tal grau que esta se torna parte de sua natureza”.

Sua sugestão foi a de que os Quatro Auxiliares poderiam tirar estes sofredores de seu estado de estagnação e impulsioná-los para uma atividade totalmente nova. Voltariam, então, para as dificuldades originais de seu tipo de floral, e poderiam ser auxiliados por um dos Doze Curadores.

Os Quatro Auxiliares são Gorse, Oak, Heather e Rock Water. Mais tarde agregou a este grupo mais três florais: Vine, Olive e Wild Oat. Estes se somaram, compondo então os 7 Auxiliares.



Reflete sobre a responsabilidade de cada um em relação à própria vida

De tempos em tempos, Dr. Bach escrevia sobre a responsabilidade dos pacientes em analisar suas próprias vidas para achar as causas de sua doença, que ele acreditava serem advindas de problemas espirituais e emocionais que terminavam por levar a uma doença física.



Desenvolve a combinação de emergência, depois conhecida como Rescue Remedy

Tratando de pacientes em Cromer, elaborou uma combinação de remédios florais para ser usada em casos emergenciais: Impatiens para tonificar a mente e o coração, dissolvendo o stress, Clematis, para trazer as forças da consciência para o momento presente e Rock Rose para fortalecer a coragem evitando o pavor provocado nestas situações. Mais tarde, acrescentou a esta fórmula outras 2 essências florais: Star of Bethlehem, evocando o poder das forças espirituais protetoras para a cura de traumas e Cherry Plum, para a manter a paz interior e o equilíbrio da mente. Assim nasce o Rescue ou Five Flowers como conhecemos hoje.





Sweet Chestnut - detalhe - foto Ruth Altschuler

Fixa residência em Mount Vernon e pesquisa intensivamente mais uma série de flores e suas propriedades

Em 1934, depois de muito andar por campos ingleses acreditando estar pronto seu sistema de cura, fixou residência na vila de Sotwell. Alugou uma casa com o nome de Mount Vernon.

Atendia seus clientes, cuidava do seu jardim e construía seus próprios móveis, acreditando que seu sistema de cura estivesse completo. Mas no início da primavera de 1935 sentiu o impulso de retomar o trabalho de pesquisa de mais algumas flores e, desta maneira, deu início ao preparo de uma nova série de essências florais.

Enquanto as primeiras essências foram descobertas em 6 anos, a partir de observação de plantas, de temperamentos e de estados emocionais advindos de doenças há muito tempo instaladas, este segundo grupo foi descoberto em 6 meses. Quase um floral por semana!

A descoberta destas novas essências representou um desgaste muito grande para Edward Bach. Nora Weeks relata que ele vivenciava os estados mentais antes de encontrar as flores que iriam curá-los. Mas, apesar de enfraquecido e desgastado pelo seu trabalho, cuidava de todos que lhe pediam ajuda e sempre apresentava um sorriso, procurando dar alegria e felicidade a seus próximos. Afinal, este era, para ele, o caminho da cura. Ele dizia:



“A vida não nos exige grandes sacrifícios… pede-nos apenas para fazermos a nossa viagem com alegria no coração e para sermos uma benção para aqueles que estão ao nosso redor.”





Sweet Chestnut - início da florada - foto Ruth Toledo Altschuler

Em face a perseguições, determina sua opção de trabalhar com as flores

Desde que começou a ter seus primeiros artigos a respeito das essências florais publicados, Edward Bach foi perseguido pelo Conselho de Medicina inglês. Em sua última carta a este órgão em 1936, escreveu:

“Tendo provado que as ervas do campo são muito fáceis de usar e tão maravilhosamente eficazes em seu poder curativo, eu abandono a medicina ortodoxa.”

Disse ainda que já não era médico e preferia ser chamado de herbalista. Mas seu nome nunca chegou a ser retirado do Registro de Médicos da Inglaterra.

Durante o verão de 1936 escreveu a edição revisada de “Os Doze Remédios Curadores e Outros Remédios”.



Minha tarefa está cumprida

Em 1936 escreveu a seus colaboradores:

“Minha tarefa está cumprida; minha missão neste mundo está terminada.”

Pediu ainda a seus colegas: Nora Weeks, Victor Bullen e Mary Tabor:

“Há momentos como este, em que estou esperando um chamado não sei de onde.

Se este chamado vier, como pode acontecer a qualquer minuto, eu lhes suplico, a vocês três, que continuem a obra maravilhosa que começamos. Uma obra que pode libertar os homens, eliminando os poderes da doença….”

26 dias depois de escrever esta carta, Edward Bach fez a sua passagem para o plano maior.

Faleceu, na madrugada de 27 de novembro de 1936, de uma parada cardíaca.



Nora Weeks, a mais devotada dentre seus colaboradores fala sobre o Dr Bach:



…Ele tinha um grande senso de humor e se contentava com as coisas simples da vida, como apanhar os primeiros cogumelos, cozinhar, costurar e terminar uma mesa. Tinha uma grande afinidade com plantas e animais. Os pássaros costumavam pousar na sua enxada enquanto ele carpia e os cachorros selvagens com seus filhotes vinham comer em suas mãos. Se ele pegava uma flor, não só conhecia suas qualidades curativas, assim como também sua história.



Ele seguia sempre a sua intuição. Às vezes saia de repente não importa o que estivesse fazendo, em obediência a seu impulso interno. Certa vez, quando estava ditando uma carta, ele deixou a casa e se dirigiu imediatamente ao cais onde se deparou com um homem prestes a cometer suicídio. Outra vez levantou-se da mesa de almoço e se dirigiu apressadamente para o final da praia onde se deparou com um homem entrando vestido no mar. Nas duas vezes pessoas foram salvas por ele. Muitas pessoas diziam que só de vê-lo à distância sentiam-se melhor.



Ele se achava um privilegiado por ser um canal de cura, embora sua primeira preocupação fosse encontrar as flores que curam. Estas poderiam ser aplicadas por todos, enquanto que o seu poder de cura, ele não o poderia transmitir diretamente aos outros. Sem dizer uma palavra, ele poderia colocar a mão sobre o órgão doente de um paciente e obter uma melhora instantânea. Mas, poderia também, com um olhar, revelar os sentimentos negativos, o medo escondido, o ressentimento, a inveja, o que quer que fosse que estava por trás daquele sofrimento, assim como o nome do floral que o aliviaria. E mais importante ainda, Dr Bach tinha a amorosa habilidade de mostrar àquele que estava sofrendo a coragem, o amor, a compaixão e compreensão que estava por detrás da sua dificuldade. Ele conseguia enxergar a verdadeira natureza de cada pessoa e revelar sua grandeza.



Dizia: “as crianças de Deus nunca têm medo”. Sua voz tinha uma qualidade que inspirava confiança, fazia a pessoa sentir-se bem e perceber-se como alguém melhor do que se julgava.

Em um dos artigos publicados pelo jornal Homeophatic World, Edward Bach nos diz: “Essa não é a cura do “vocês não devem”, mas sim a do “sejam abençoados”.

Sua voz tinha uma qualidade que inspirava confiança, fazia a pessoa sentir-se bem e perceber-se como alguém melhor do que se julgava.

Em um dos artigos publicados pelo jornal Homeophatic World , Edward Bach nos diz:



“Essa não é a cura do “vocês não devem”, mas sim a do “sejam abençoados”.

Texto preparado por Cynthia Accioly Abu Asseff para a Mostra Histórica

A Mostra Histórica sobre as Essências Florais foi apresentada em várias cidades do Brasil durante o ano de 2006, por ocasião dos 70 anos da passagem do Dr Bach.



Agradecimento pelo especial apoio recebido

Para obter todo material de pesquisa sobre a vida e a abra de Edward Bach e escrever este texto que compartilho com vocês, tive a ajuda da terapeuta floral Luciana Chammas, do trabalho de pesquisa da biografia do Dr Bach pela terapeuta floral Regina Oliveira e de diversos livros que mencionam trechos de sua vida, seu pensamento, sua orientação interior.



Fontes:



Pesquisa biográfica sobre Dr Bach pela terapeuta floral Regina Oliveira



As Descobertas Médicas de Edward Bach, de Nora Weeks



Florais

Agrimony: Para problemas em geral, tormentos e preocupações. Ideal para aqueles que escondem seus sentimentos e preocupações de outras pessoas. Agrimony destrava a depressão e angústia, liberando o estado emocional que está preso dentro de si mesmo. Esse floral está relacionado com o signo de Sagitário.
Aspen: Ajuda a nos trazer de volta à realização da Unidade. Bom para medos vagos, especialmente se não houver explicação concreta, maus pressentimentos, senti medo de voltar a dormir por causa de pesadelos noturnos. Ideal para crianças que sentem medo de ficar sozinhos e tem medo de escuro. Esse floral está relacionado com o signo de Touro.
Beech: Para aqueles que gostam de exagerar nos fatos e mania de julgar. Ajuda a pessoa a ser mais tolerante, compreensivo das diferenças individuais.
Centaury: Ajuda a dissolver a falta de iniciativa e a fraqueza em horas de decisões. Ajuda a pessoa a encontrar seu eu interior, se tornar mais ativo e positivo. Esse floral é relacionado com o signo de Virgem.
Cerato: Ajuda a achar a nossa individualidade e a nos livrar de influências negativas vindas de fora. Ideal para aqueles que não sentem confidência e que estão perguntado pela opinião dos outros sempre. Esse floral está relacionado com o signo de Gêmeos.
Cherry Plum: É indicado para aqueles que sentem medo, afasta a idéia de suicídio e ajuda a controlar a ansiedade.
Chestnut Bud: Para aqueles que nunca aproveitam as oportunidades. Também para aqueles que continuam repetindo os mesmos erros, incapaz de aprender com as experiências da vida.
Chicory: Ajuda a combater o egoísmo e a possessividade. Ideal para aqueles que não conseguem ver nada de errado. Ajuda a compreender o amor como um sentimento natural. Esse floral está relacionado com o signo de Escorpião.
Clematis: Ajuda a trazer a estabilidade, ajuda a pessoa a realizar seus trabalhos nesse mundo. Também ajuda na falta de interesse pela vida e resgata a capacidade de atenção dos mais dispersos. Esse floral está relacionado com o signo de Peixes.
Crab Apple: Ótimo para limpeza interior. Ajuda a eliminar a idéia de obsessividade, liberando a pessoa para compreender que as disordens físicas têm início dentro de si mesma e ajudando-o a manter o controle para reverter situações que estão em disarmonia.
Elm: Para aqueles que esperam fazer alguma coisa de importante nessa vida e que é beneficial para a humanidade. Ideal para quem se sente sobrecarregado de responsabilidades denominados pela exaustão. Ajuda a reconhecer e respeitar os próprios limites físicos.
Gentian: Ideal para quem se sente discorajados, precisando encarar as dificuldades como oportunidade de crescimento. Gentian ajuda a transformar nossas dúvidas, compreendendo-as. Também encoraja a enfrentar obstáculos e superar perdas ou afastamento de pessoas queridas, animais de estimação ou empregos.
Gorse: Ajuda a dissolver a desesperança e o disânimo daqueles que não confiam na própria força para reverter situações difíceis. Também ajuda a trazer coragem para continuar com a luta do dia a dia.
Heather: Para aqueles que estão procurando por companheirismo, também para aqueles que sentem infelizes e sozinhos. Ajuda a acalmar o medo, dissolve a ansiedade e a mania de ficar falando o tempo todo só sobre si mesmo.
Holly: Para aqueles que se sentem atacados por pensamentos destruidores de inveja, ciúme ou qualquer outro tipo de sentimento negativo. Traz proteção contra as influências negativas vindas de fora. Indicado para quem costuma passar mal ao ver o sucesso dos outros e para quem confia de tudo e de todos.
Honeysuckle: Ideal para pessoas que gostam viver no passado e estão ligados constantemente às memórias de perda de amigos ou parentes.
Hornbeam: Ajuda a trazer equilíbrio mental e físico, trazendo força para realizar suas tarefas. Traz força, poder e determinação para trabalhar.
Impatiens: Para aqueles que querem tudo sem nenhum atraso. Não conseguem ter paciência e não gostam de perder tempo. Ajuda a acalmar a irritação, tensão e alivia a dor. Esse floral está relacionado com o signo de Áries.
Larch: Para aqueles que se consideram menos importante que os outros e incapazes de fazer qualquer coisa. Ajuda a trazer força e determinação para um crescimento forte e sadio. Também ajuda a dissolver o sentimento de inferioridade, desânimo e a falta de confiança no próprio valor.
Mimulus: Combate o medo de doenças, acidentes, dor e desgraça. Ajuda a trazer confidência e felicidade.
Mustard: Traz suporte e estabilidade para aqueles que sentem trsisteza e melancolia quase desesperada ou profunda depressão. Também indicado para os que pensam que nunca irão ser felizes. Mustard é o floral ideal para depressão sem explicação.
Oak: Ideal para aqueles que estão sempre batalhando com uma disabilidade crônica ou doença e que nunca aceitam derrota.
Olive: Para aqueles que sofrem fisicamente ou mentalmente, sentem exaustos por causa de alguma doença, dor ou batalha. Ajuda a renovar nossa força trazendo vitalidade. Elimina a fadiga, o esgotamento físico e mental, sendo bastante utilizada para períodos estressantes decorrentes de crises, separações e problemas de saúde.
Pine: Ajuda a eliminar sentimento de culpa e a combater a baixa auto-estima. Ajuda a pessoa confiar nas próprias potencialidades e continuar com perseverança o seu trajeto de vida. Pine possui propriedades de limpeza, ajudando a limpar e clarear obstruções ambos fisicamente e mentalmente.
Red Chestnut: Ajuda aqueles que sentem ansiedade pelos outros. Ajuda a acalmar a mente, o medo e a ansiedade. Dissolve a insegurança e traz coragem. Esse floral está relacionado com o signo de Câncer.
Rescue: Ajuda a alcançar o equilíbrio natural do ser humano. Rescue é conhecido como o floral de emergência. Dissolve o medo, desespero, agonia e confusão mental, especialmente em situações de choque, traumas e estresse. Também pode ser usado em tratamento de feridas, insônia e outros problemas mais.
Rock Rose: Para casos onde não há saída. Encoraja aqueles que precisam enfrentar situações difíceis e correr riscos. Ideal para quem treme ao enfrentar situações inesperadas ou difíceis, ou mesmo para os que tem medo de viajar. Ajuda a tranquilizar o sono e combate o medo noturno.
Rock Water: Recomendado para aqueles que são muito exigentes com a maneira em que vivem e não se permitem aproveitar a vida porque precisam preservar a própria imagem de modelo e perfeição. Ajuda a dissolver a tensão que fica acumulada nas juntas e nos músculos.
Scleranthus: Para aqueles que tem dificuldade em decidir entre duas coisas. Traz claridade e abre a percepção. Esse floral está relacionado com o signo de Libra.
Star of Bethlehem: Ajuda a clariar a mente, limpando o inconsciente de choques ou traumas físicos e emocionais, especialmente em casos de acidente ou perda de alguém querido. Alivia traumas, dor e tensões.
Sweet Chestnut: Ajuda a pessoa a encarar a verdade e efetuar mudanças importantes para seguir à diante.
Vervain: Para aqueles que tem idéias e princípios fixos e não gostam de mudanças. Ideal para combater o estresse. Esse floral est'a relacionado com o signo de Leão.
Vine: Ajuda a dissolver a arrogância, a inflexibilidade e a sede de poder. Traz confidência e abilidade.
Walnut: For those who have ambitions and fulfill them and feels tempted to be led away from their own ideas. It gives protection from outside influences.
Water Violet: Para aqueles que precisam tomar decisões sérias na vida. Também para aqueles que gostam de fazer as coisas de seu próprio jeito e gostam de ficar sozinhos. Esse floral está relacionado com o signo de Aquário.
White Chestnut: Ajuda a acalmar e clarear a mente, ajudando a pessoa a controlar pensamentos obsessivos. Combate dor de cabeça, irritabilidade e a depressão.
Wild Oat: Para aqueles que tem ambições altas na vida e que gostariam de ganhar mais experiência e aproveitar mais a vida. Dissolve o desânimo e a depressão.
Wild Rose: Ajuda a dissolver a exaustão, a falta de vontade de lutar pelo que quer.
Willow: Ajuda a curar ressentimentos, amargura e combate a negatividade. Ajuda a pessoa a assumir mais responsabilidades e não culpar os outros pelas coisas que acontecem.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Florais


Objetivo da Essência floral
É uma terapia criada, nos anos de 1928 a 1936, pelo Dr. Edward Bach, médico homeopata, bacteriologista e imunologista. O objetivo da terapia floral é o equilíbrio das emoções do paciente. Ou seja, procura diminuir ou eliminar a estresse, depressão, pânico, desespero, sentimentos de culpa, cansaço físico ou mental, solidão, tristeza, indecisão, sensibilidade excessiva, ciúmes, ódio, mágoas, todos os tipos de medos, ansiedades e preocupações que uma pessoa esteja sofrendo.

História

Dr. Edward Bach nasceu em 24 de setembro de 1886, em Moseley, um vilarejo perto de Birmingham, Inglaterra. Com 17 anos alistou-se no Corpo de Cavalaria de Worcestershire. Nesta época ele não se conformava com os tratamentos paliativos que seus colegas trabalhadores recebiam, e acreditava haver um meio de curar realmente, inclusive as doenças tidas como incuráveis. Com 20 anos entrou na Universidade de Birmingham.
Finalizou os estudos com o treinamento prático no "University College Hospital" em
Londres, em 1912. Além dos diplomas e títulos que obteve ao se formar, recebeu também os títulos de Bacteriologista e Patologista, em 1913, e o diploma de Saúde Pública, em 1914.

Hemorragia
No ano de 1917 foi rejeitado para servir na Primeira Guerra Mundial, provavelmente por sua saúde frágil. Entretanto, ficou responsável por 400 leitos no "University College Hospital", com o trabalho no Departamento de Bacteriologia e também como assistente clínico do Hospital da Escola de Medicina (período de 1915 a 1919). Trabalhou incansavelmente mesmo não sentindo-se bem, e, após avisos constantes de pré-estafa não respeitados, teve uma severa hemorragia em julho de 1917. Submetido a uma cirurgia de urgência, foi-lhe comunicado que talvez não tivesse mais que três meses de vida.
No entanto, sentindo uma melhora, reuniu suas forças e foi para o laboratório trabalhar. Passou a
dedicar-se à pesquisa dia e noite. Além de não pensar na doença por ter a sua mente ocupada, voltar a trabalhar em função do objetivo da sua vida lhe trazia energia para prosseguir. Em pouco tempo estava totalmente recuperado.
Passou a ser cada vez mais conhecido pelas suas descobertas no campo da bacteriologia. Trabalhou em tempo exclusivo para o "University College Hospital", e depois como bacteriologista do "London Homeopathic Hospital", permanecendo lá até 1922.
Foi nesta situação que conheceu a Doutrina de Hahnemann e seu livro básico: o "Organon da Arte de Curar", escrito mais de cem anos antes do seu tempo. Descobriu os princípios de Hahnemann, que curava mais guiado pelos sintomas mentais que pelos físicos.

Nosódios de Bach
Em 1926, publicou com C.E. Wheeler o "Cronic Disease. A Working Hypothesis". Nesta época, os nosódios intestinais, já conhecidos como Nosódios de Bach, eram utilizados em toda Grã-Bretanha e também em vários outros países.
Bach começou então tentar substituir os nosódios por medicamentos preparados com plantas, e foi a esta altura que utilizou pelo sistema homeopático de diluição e potencialização, duas flores que trouxe de
Gales, em 1928. Estas plantas eram Impatiens e Mimulus. Pouco depois também utilizou Clematis. Os resultados foram encorajadores. Também nesta época começou a separar os indivíduos por grupos de semelhança de comportamento, como se sofressem do mesmo problema. Ele mesmo conta que isto aconteceu, depois que foi em uma festa, e ficou em um canto observando as pessoas quando aí teve um insight. Bach imaginou que deveria existir um medicamento que aliviasse este sofrimento comum a cada grupo de indivíduos.
Em 1930, resolveu largar toda sua rendosa atividade em Londres, o consultório da Harley Street e os laboratórios, para buscar na natureza este sistema de cura que idealizara desde pequeno, e que sentia estar próximo dele. Tinha, então, 44 anos. Partiu para Gales. Ao chegar, descobriu que levara por engano uma mala com calçados no lugar de uma com o material necessário para o preparo de medicamentos homeopáticos: almofariz, vidros, etc. Isto acabou impulsionando-o mais rapidamente na direção da descoberta de um novo sistema de extrair as virtudes medicamentosas das plantas. A
homeopatia não estava longe, mas não era exatamente o que procurava. Deixou, portanto, a fama, o conforto e um lugar de destaque na sociedade médica londrina. Antes de ir, queimou tudo o que já tinha escrito até então e deixou o resto do trabalho para ser concluído pelos colegas e auxiliares que trabalhavam com ele.
Foi, no entanto, encorajado pelo Dr. John Clark, diretor do Homeopathic World, um jornal médico homeopático, que colocou seu periódico à disposição para que Bach publicasse suas descobertas. Esta oportunidade foi totalmente aproveitada por Bach.
No outono de 1935, descobriu Mustard, o último dos 38 florais. Morreu dormindo em
27 de novembro de 1936 (de parada cardíaca com 50 anos de idade) em sua casa em Mont Vernon, Grã-Bretanha, onde hoje funciona o Bach Centre e onde são colhidas as flores e preparadas as essências.

Filosofia do Dr. Edward Bach
Para o Dr. Edward Bach, deve ser tratada a personalidade da pessoa e não a doença. A doença seria o resultado do conflito da alma (Eu Superior - a parte mais perfeita do Ser) e da personalidade (Eu Inferior - o que nós somos, no nosso dia-a-dia). Ele dizia: "O sofrimento é mensageiro de uma lição, a alma envia a doença para nos corrigir e nos colocar no nosso caminho novamente. O mal nada mais é do que o bem fora do lugar".

Doenças e sua cura
Dr. Edward Bach entendeu que a origem das doenças seria proveniente de sete defeitos: # Orgulho, Crueldade, Ódio, Egoísmo, Ignorância, Instabilidade Mental, Cobiça e Gula.
Apontou sete caminhos do equilíbrio emocional, que seriam: Paz, Esperança, Alegria, Fé, Certeza, Sabedoria, Amor.
E o seu conceito de saúde seria: Harmonia, Integração, Individualidade, Integridade.
O importante seria que a alma e a personalidade estivessem em perfeita sintonia através do equilíbrio emocional. As essências florais de Bach tratam a pessoa e não a doença; a causa e não o seu efeito.
Essências florais no mundo de hoje
O uso de flores e plantas no tratamento humano é muito antigo. Pesquisas indicam que as flores já eram utilizadas com este objetivo antes de Cristo. Os aborígines australianos comiam a flor inteira para obter os seus efeitos, tanto os egípcios, como os africanos e os malaios já faziam uso delas tratar dos desequilíbrios emocionais. Há registros de que no século XVI Paracelsus já utilizava as essências florais para tratar de desequilíbrios emocionais em seus pacientes. No entanto, a utilização de essências florais ultradiluídas foi introduzida por Bach.
Nos
anos 1930, o Dr. Edward Bach queria as essências florais nas casas das pessoas, onde a mãe pudesse indicar o melhor floral para o seu filho. Hoje, passados 70 anos, a Terapia Floral está se disseminando, a cada dia, nos consultórios dos terapeutas, psicólogos, médicos, etc do mundo inteiro.
Em 1996, a The Dr. Edward Bach Foundation, da Inglaterra, promoveu o Primeiro Curso Internacional de Terapia Floral no Brasil com o objetivo de divulgar as essências Florais de Bach e de formar Practitioners (Terapeutas Florais reconhecidos e avalizados pela Fundação Bach).
Ao longo das últimas décadas, dezenas de sistemas florais foram sendo desenvolvidos em várias partes do mundo, cada um com suas peculiaridades determinadas pelas flores de cada região. Um dos primeiros sistemas que surgiram na década de 1980 foram os Florais da Califórnia, desenvolvido nos Estados Unidos. Posteriormente surgiram os Florais do Sistema Bush, na Austrália. Hoje, dentro de um mesmo país, há vários sistemas cada um utilizando um grupo de flores regionais, embora não seja incomum encontrar flores semelhantes entre os sistemas.
As essências florais são consideradas remédios homeopáticos nos Estados Unidos[
carece de fontes?], onde remédios homeopáticos são considerados complementos alimentares. Do mesmo modo, no Brasil as essências florais, que surgiram nos anos 1980 e se intensificaram nos anos 1990, não são consideradas medicamentos, drogas ou insumos farmacêuticos. Essa classificação exime esses preparados de apresentarem comprovações de eficácia em tratamentos ou de submissão ao regime de vigilância sanitária, mas também não permite que sejam apresentadas indicações terapêuticas, com finalidades preventivas ou curativas.

Composição e a Preparação
As Essências Florais de Bach Originais são naturais e têm origem do Bach Centre, local onde Dr. Bach viveu seus últimos anos (1934-1936) em Mount Vernon, Sotwell, Wallingford, na Inglaterra. Todos os remédios são preparados a partir de flores, arbustos ou árvores silvestres.
A sua manipulação obedece aos rígidos padrões determinados por este Centro. O floral é composto de água mineral, brandy de uvas (conhaque) e essências Florais de Bach Originais (de uma a seis essências no mesmo frasco - podendo chegar, raras vezes, a oito essências).
O brandy (envasado em tonéis de carvalho) serve de conservante para a solução: isto significa, aproximadamente, menos de meia gota de álcool para cada dose tomada. Somente aceite as essências Florais de Bach Originais. Veja abaixo, como são preparadas[carece de fontes?]. Outro conservante muito usado (quando a pessoa não pode e/ou não quer tomar essências florais com brandy de uvas) é o vinagre de maçã natural.

Estágios da Preparação das Essências Florais
Preparação da Tintura Mãe
Preparação do Frasco de Estoque (kit das essências florais)
Preparação do Frasco Diluído

Preparação da Tintura Mãe

Colheita das flores
Utilizadas as mesmas plantas que o Dr. Bach descobriu na Inglaterra.
As flores são colhidas por volta das 8 horas da manhã.
São flores de várias árvores do mesmo tipo.
Usa-se uma folha para colher a flor (para não ter contato com as mãos).
Após a colheita, usa-se o método solar ou de fervura para a extração da tintura mãe.

[ Método Solar (Sun Method)
Vinte espécies flores que florescem na primavera e verão são preparadas por método solar: Agrimony, Centaury, Cerato, Chicory, Clematis, Gentian, Gorse, Heather, Impatiens, Mimulus, Oak, Olive, Rock Rose, Scleranthus, Wild Oat, Vervain, Vine, Water Violet, White Chestnut e Rock Water (água pura de nascente).
As flores são colacadas numa cuba de cristal; coloca-se água da fonte até encobri-las; a cuba deve ficar próxima à planta e o sol deve incidir direto sobre as mesmas durante aproximadamente 3 horas. O dia tem que estar totalmente claro, sem nenhuma nuvem, pois o sol não pode ser coberto em nenhum momento.

Método de Fervura (Boiling Method)
São preparados através do método de fervura, os brotos de árvores, arbustos, plantas e flores de 18 espécies de flores que florecem no outono e inverno: Cherry Plum, Elm, Aspen, Beech, Chestnut Bud, Hornbeam, Larch, Walnut, Star of Bethlehem, Holly, Crab Apple, Willow, Pine, Mustard, Red Chestnut, Honeysuckle, Sweet Chestnut, Wild Rose.
As flores são colocadas numa panela de inox, vidro ou de ágata e, depois, são cobertas com água da fonte e fervidas por 30 minutos. Apaga-se o fogo e deixa-se esfriar perto da planta.
Em ambos os casos, após seus procedimentos, a água é coada e colocada numa garrafa com 50% de brandy de uvas e 50% da solução coada. Está feita a tintura mãe.

Preparação do Frasco de Estoque
A preparação consiste na adição de brandy de uvas (equivalente a duzentas e quarenta partes iguais à da tintura mãe), dando origem aos chamados frascos de estoque, com validade de cinco anos.

Preparação do Frasco Diluído
O frasco diluído contém 70% de água mineral, 30% de brandy de uvas (conhaque envasado em tonéis de carvalho) em estações quentes, e 80% de água mineral, 20% de brandy de uvas (conhaque envasado em tonéis de carvalho) em estações mais amenas, e 2 gotas do frasco de estoque de cada essência floral para 30ml e 4 gotas para 60ml (no caso do Rescue Remedy são necessárias 4 gotas). Pode-se utilizar o vinagre de maçã natural a 15% na solução com água mineral para pacientes com intolerancia a alcool ou pacientes com diabetes.Há também outro conservante, muito utilizados para crianças, a glicerina, que dever ser usada a 5% na solução de água. O frasco pode ser de 30 ml ou 60 ml, de vidro esterilizado, de cor âmbar com bulbo de látex e cânula de vidro. OBS: quando utilizar o conservante de glicerina, é recomendado fazer a formula de 30ml.
No Brasil, maioria dos pacientes tomam este frasco diluído (4 a 7 gotas, 4 vezes ao dia); na Inglaterra, é comum o paciente comprar o frasco de estoque e diluir 2 gotas num copo com água e tomar durante o dia.

Onde encontro as Essências Florais?
Se desejar tomar as essências florais, primeiramente, consulte um terapeuta floral ou profissional com especialização em essências florais. Posteriormente, envie a sua receita numa farmácia homeopática ou de manipulação. Em alguns países, poderá encontrar as essências florais em lojas que vendem produtos naturais.

A Posologia, a Conservação, a Validade e as suas Contra-Indicações
O efeito da essência não depende da quantidade de gotas tomadas a cada vez, mas da frequência de vezes tomadas ao dia; assim, alguns profissionais recomendam tomar 4 gotas 4 vezes ao dia (ao acordar, antes do almoço, pelas 17 horas e antes de dormir), podendo-se aumentar ou diminuir a dosagem conforme a necessidade ou indicação do profissional responsável. No entanto, alguns profissionais afirmam que se pode tomar o remédio na hora que se lembrar (caso esqueça de tomá-lo no momento indicado), mas que não devem tomar-se doses acumulativas (por ex.: 8 gotas por vez).
O uso pode ser sub-lingual (debaixo da língua) para uma absorção mais rápida. De vez em quando, bater o frasco contra a palma da mão (mais ou menos 10 vezes) antes de usá-lo. Para se obter o efeito pleno, as gotas devem conservar-se na boca por um momento antes de engoli-las. É preciso tomar cuidado para não deixar o conta-gotas entrar em contato com a língua, pois as enzimas digestivas podem transferir-se da língua para a mistura no frasco. Isto afetaria o gosto, se bem que não afetaria a eficácia do remédio.
Manter o frasco bem fechado. Manter o remédio longe do calor, luz, umidade e aromas. Deixar longe de radiações e aparelhos elétricos (TV, equipamento de som, celular, computador, ar condicionado, etc).
Por ser um produto natural e devido às condições climáticas de países com clima mais quente, a validade do floral é, geralmente, de 30 dias (ver data de validade no rótulo). Em países de clima mais frio, a validade pode chegar até 90 dias.
As essências florais podem ser administradas juntamente com os remédios homeopáticos, alopáticos e fitoterápicos, desde que não haja contra-indicação específica. Os preparados com conhaque, por exemplo, não devem ser utilizados, por
alcoólatras ou por portadores de doenças do fígado. Nestes casos, as essências podem ser preparadas com vinagre de maçã natural.

Argumentos a favor das Essências Florais


Esta página precisa ser reciclada de acordo com o livro de estilo.Sinta-se livre para editá-la para que esta possa atingir um nível de qualidade superior. pode mandar textos para : terapias_23@hotmail.com
Muito se diz sobre os
Florais, porém, para quem não conhece, pode se confundir no que tange a região de atuação do Floral. Os Florais atuam numa região muito pouco explorada pela ciência, o Emocional. Um remédio antidepressivo, por exemplo, não age na causa da depressão e sim nos sintomas que a depressão produz.
Remédios curam doenças físicas, Florais restabelecem os arranjos emocionais.
O Floral age em pontos como na origem emocional do
medo, na origem emocional da ansiedade, na origem emocional da insegurança entre outros desarranjos emocionais.
Doenças físicas, em sua maioria, têm sua origem no emocional.
Fazendo uma analogia rápida, os Florais estão para os Psicólogos assim como os
remédios estão para os médicos.
Existe sim diversos estudo científico sobre a eficácia dos florais.
Nunca pode se dizer que o efeito dos Florais é
placebo, uma vez que, para que o placebo exista, é necessário que o paciente saiba que está tomando e o motivo pelo qual esta tomando a substancia.
Florais são usados para pessoas adultas, crianças, animais e plantas.
Destes quatro grupos, apenas as pessoas adultas sabem o que estão tomando e o motivo pelo qual estão tomando o Floral. Crianças, Animais e Plantas não sabem da presença do Floral em suas alimentações; Pingando algumas gotas nas refeições de crianças e animais ou pingando algumas gotas na terra onde a planta está, é perceptível sua melhora.
Críticas contra as Essências Florais
As essências florais não são reconhecidas pela comunidade médica internacional como uma forma de tratamento médico e nem os cursos de medicina ministram esta matéria.
A utilização dos mesmos extratos após ultradiluições semelhantes às praticadas pela
homeopatia, no entanto, eliminam virtualmente todo o princípio ativo que compõe estes extratos, sobrando apenas o solvente, que no caso dos Florais de Bach são geralmente o conhaque ou o vinagre de maçã.
Nenhum estudo científico até o momento demonstrou que as essências florais apresentassem qualquer eficácia além da esperada pelo efeito placebo. A análise dos poucos estudos realizados sobre a questão
demonstra que os poucos que apresentaram resultados positivos apresentavam falhas metodológicas sérias, como a ausência de grupo controle e vieses de seleção, não servindo portanto como evidências científicas favoráveis à terapia. Estudos metodologicamente adequados, comparando essências florais com placebo] não encontraram qualquer diferença em eficáci Literatura nacional
Os Remédios Florais do Dr. Bach incluindo "Cura-te a Ti Mesmo" Dr. Edward Bach - Editora Pensa
mento
Manual Ilustrado dos Remédios Florais do Dr. Bach - Philip M. Chancellor - Editora Pensamento
A Terapia Floral - Escritos selecionados de Edward Bach: sua filosofia, pesquisas, remédios, vida e obra Org. Dina Venâncio - Editora Ground
Rescue Florais Bach - Para Alívio Imediato - Gregory Wlamis - Editora Roka
Os Remédios Florais do Dr. Bach - Passo a Passo - Judy Howard - Editora Pensamento
Crescendo com as Essências Florais de Bach - Judy Howard - Editora Aquariana
Terapia Floral do Dr. Bach Teoria e Prática - Mechthild Scheffer - Editora Pensamento
A Terapia Original com as Essências Florais de Bach - Um Guia para Médicos e Terapêutas, dentro dos Conceitos Originais do Dr. Bach - Mechthild Scheffer - Editora Pensamento
Experiências Com a Terapia Floral do Dr. Bach - Mechthild Scheffer - Editora Pensamento
Florais de Bach - Imagens para Harmonização, Centramento e Meditação - Mechthild Scheffer - Editora Pensamento
Remédios Florais de Bach para Animais - Helen Graham e Gregory Vlamis - Editora Pensamento, 144 páginas
Afirmações para os Florais de Bach - Hugh Mac Pherson - Editora Aquariana
As Qualidades Positivas dos Florais de Bach - Hugh Mac Pherson - Editora Aquariana.
Padrões de Energia Vital (Bach) - Hugh Mac Mac Pherson - Editora Aquariana
Um Guia para os Remédios Florais do Dr. Bach - Julian Barnard - Editora Pensamento
As Qualidades Positivas dos Florais de Bach - Julian Barnard - Editora Aquariana